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segunda-feira, 29 de junho de 2009

A VIAGEM DENTRO DE SI MESMO

A viagem dentro de si mesmo

“O homem, bicho da Terra tão pequeno, chateia-se na Terra, lugar de muita miséria e pouca diversão. F az um foguete, uma cápsula, um módulo, toca para a Lua. Desce cauteloso na Lua, pisa na Lua, planta bandeirola na Lua, experimenta a Lua, coloniza a Lua, civiliza a Lua, humaniza a Lua. Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua.”
(“O homem: as viagens” de Carlos Drummond de Andrade)
Fazem exatamente 40 anos que o homem pisou no solo lunar pela primeira vez. Os livros trazem com ênfase aquele momento em que o Homem americano dominava o mundo espacial, sendo observado da Terra por milhões de pessoas, via televisão. “Seria um filme criado, ou realidade mesmo?” Muitas dúvidas pairavam na mente da população mundial, até que acreditaram realmente na grande conquista, e na sua insatisfação constante e vontade de inovar, de descobrir, de conquistar, continuaram em suas viagens espaciais, com o objetivo de prevenção de catástrofes, de melhoria da qualidade de vida terrestre e outras. Chegaram à grande façanha de montar uma estação espacial, onde astronautas do mundo inteiro podem desembarcar, realizar estudos em conjunto e voltar à Terra na mais perfeita saúde; descobriram novos planetas, outras galáxias, tiraram amostras do solo de Marte, e tantas outras descobertas. Apesar de tudo isso, em março deste ano um asteróide do tamanho de um prédio de dez andares passou raspando na Terra e só foi detectado dois dias antes. Imaginem se viesse em direção ao nosso Planeta! Teríamos sumido do mapa espacial, sem alarme de ninguém.Este fato demonstrou que existe um Deus que vela por nós e é onipotente. Então porque não gastarmos nossas energias, dinheiro e inteligência aqui mesmo, no solo terrestre? Ainda seguindo Carlos Drummond de Andrade: “Restam outros sistemas fora do solar a colonizar. Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?) a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo: pôr o pé no chão do seu coração, experimentar, colonizar, civilizar, humanizar o homem, descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene, insuspeitada alegria de conviver.” O Homem tem conquistado tantos bens materiais, tem andado tão ocupado com experiências até extra-terrestres, mas o mais importante ainda não conquistou, que é o seu interior, a sua felicidade de ser filho de Deus, de ser bom, de ser companheiro, de ser leal, respeitoso, solidário, participativo, compreensivo, desprendido, leve... 40 anos depois da conquista da lua, humanos se matam no planeta Terra por um aparelho de MP4; humanos escandalizam e tiram a inocência de crianças que eles próprios trouxeram à vida; humanos deixam seus idosos abandonados do carinho familiar em asilos, porque em casa atrapalham seu egoísmo, sua liberdade; humanos traficam drogas objetivando ganhar muito dinheiro fácil às custas dos dependentes; humanos destroem suas famílias e as famílias dos outros em troca de um possível prazer momentâneo.
Precisa-se fazer uma viagem além dos grandes mares, além da Lua, e do espaço sideral infinito. É necessário que se faça uma viagem dentro de si mesmo, para descobrir a alegria de existir como filho de Deus, em quem Ele depositou toda sua confiança para administrar sua criação; descobrir os sentimentos de paz escondidos no interior da alma; descobrir a capacidade de amar um amor verdadeiro que existe no coração de cada pessoa. Para descobrir-se pessoa de bons princípios, de caráter firme, capaz de idealizar e praticar atos que pode fazer muito bem à sociedade onde habita. Uma coisa é certa: apesar de tudo ainda vale a pena ser bom, e ser bom aqui e agora. O mal não compensa de forma alguma.

(Isabel Menezes é Psicopedagoga, Professora de Ensino Religioso no C. E. Dr. Miguel Couto Filho e membro da Equipe Pedagógica do CIEP 381
Contato:
www.isabelmenezesesposti.blogspot.com ou
e-mail:Isabel.menezes16@gmail.com)

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