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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NOVEMBRO 2010

Consciência negra

“... Nzinga Mbemba, rei africano, em contato com os portugueses, converteu-se ao cristianismo e adotou o nome português Affonso I em 1505... procurou adquirir conhecimentos e as armas que vinham da Europa, talvez pensando em fortalecer seu reino. Com esta intenção também enviou jovens nobres africanos para estudar em Portugal e escreveu ao rei português pedindo que enviasse missionários, médicos e professores ao seu país. De Portugal, porém, lhe vieram principalmente traficantes interessados em conseguir homens, mulheres e crianças para escravizar e vender... A escravidão também corrompia as autoridades. Qualquer nativo do Kongo que fosse acusado de adultério, feitiçaria ou conspiração era condenado a tornar-se escravo. Foi então que o comércio de escravos começou a dizimar a África. Os escravizados lotavam navios, chamados negreiros, que vinham em direção ao continente Americano”(A.Boulos Júnior) A partir daí todos conhecemos a trágica história que se seguiu de maneira geral, pois existem exceções: trabalhos forçados e todos os tipos de crueldades tanto física quanto moral ao povo africano, que mesmo assim deram sua contribuição para a formação do povo brasileiro.“Quando se viram na cozinha das casas-grandes dos engenhos, começaram a tirar dos caldeirões toda a sua sabedoria culinária: moquecas variadas, sarapatel de miúdos de porco, munguzá de milho, molhos nunca antes experimentados, doces e sabores exóticos, farofa de dendê, temperos nativos diversificados, etc.”(Projeto Araribá) Além do mais o negro foi muito importante na manutenção da sociedade açucareira e também nas primeiras lavouras de café, pois os portugueses não encontravam naquela época outra fonte de mão-de-obra que quisesse livremente vir para o Brasil auxiliar na montagem do sistema colonial. Mas a História bem que poderia ter sido diferente!!! Ao libertar os escravos, a princesa Isabel não colocou cláusula alguma que inserisse o negro na sociedade e assim eles iniciaram a vida de “liberdade” no submundo dos Quilombos, das periferias, das favelas e das ruas, o que tem refletido até hoje em seus descendentes, e para ocupar seus lugares nas lavouras foi feita uma grande campanha em prol da imigração de europeus, principalmente italianos. “Longe do açoite da senzala, preso na miséria da favela.”(Samba do criolo doido) Os negros e mulatos foram por muito tempo fortemente discriminados em nossa sociedade, impedidos de ascender socialmente. Atualmente este preconceito diminuiu, pois num mundo globalizado onde tanto se fala em ética e direitos humanos não se pode conceber tal discriminação e exclusão social. “Os cientistas são unânimes em apontar que não existem raças humanas e sim a raça humana” (Isto é:15/11/1998) Jesus Cristo morreu por todos os homens e as portas do céu estão abertas a quem cumprir sua missão neste mundo, pois alma não tem cor, é espírito. Por isso sou contra as cotas nas Universidades. Direitos iguais para todos no meu entender, é não facilitar pra ninguém em prejuízo a outrem. Não se pode fazer justiça ao negro e ao índio, remendando o que foi rasgado em nosso passado histórico, injustiçando o branco, pois todos somos seres humanos independente da cor. Ao comemorarmos 20 de novembro, dia da consciência negra. Que a Mãe Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, Mãe do céu morena, nos livre de todo preconceito de cor que ainda teima em estar presente na sociedade brasileira, pois o Brasil é verde, amarelo, azul e branco.

(Isabel Menezes é Psicopedagoga, Professora de Ensino Religioso no C. E. Dr. Miguel Couto Filho e de História no CIEP 381 – BLOG:
www.isabelmenezesesposti.blogspot.com – E MAIL: Isabel.menezes16@gmail.com)

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